terça-feira, 23 de julho de 2013

CRÍTICA - O HOMEM DE AÇO








No panteão dos super-heróis, Superman é o mais reconhecido e reverenciado personagem de todos os tempos. Clark Kent/Kal-El (Henry Cavill) é um jornalista de vinte e tantos anos que se sente alienado por poderes além da sua imaginação. Transportado anos antes de Krypton, um planeta distante e muito mais avançado, para a Terra, Clark luta com a questão derradeira, 'Por que estou aqui?'. Moldado pelos valores dos seus pais adotivos, Martha (Diane Lane) e Jonathan Kent (Kevin Costner), Clark descobre que ter habilidades extraordinárias significa tomar difíceis decisões. Quando o mundo precisa desesperadamente de estabilidade, uma ameaça ainda maior surge. Clark precisa se tornar o Homem de Aço, para proteger as pessoas que ama e brilhar como o guia para a esperança do mundo - o Superman.



Zack Snyder está entre meus diretores favoritos. Claro que não no nível A+, onde estão Scorsese, Tarantino, Kubrick, entre outros, mas em um lugar bem especial. Snyder sempre chamou minha atenção por possuir uma assinatura visual muito forte e muito interessante. Em 300, por exemplo, a qualidade visual é tudo, diferente de obras como “Cães de Aluguel”, que se sustentam apenas pelo roteiro, onde a técnica cinematográfica em si é um mero detalhe. “O Homem de Aço” é um filme onde eu não consegui enxergar a assinatura do diretor que tanto gosto(pode ser vergonhoso, mas eu queria ver o Superman em slow motion), não que isso seja um demérito, mas significa algo, se bom ou ruim: veremos.



O filme começa com uma representação de Krypton que é densa, sombria, e visualmente deslumbrante – característica de Snyder. Os acontecimentos iniciais explicam satisfatoriamente o envio do pequeno Kal-El à terra, e os questionamentos eventualmente suscitados são respondidos em um momento mais à frente.


Após uma excelente introdução, somos apresentados a um Clark Kent já adulto, procurando respostas, procurando sua própria identidade. Em paralelo, flash back’s mostram momentos chave de sua infância e adolescência. São trechos curtos, bem filmados, e que poderiam ser mais explorados em detrimento das longas sequências de ação que vêm a seguir.


O momento em que Clark/Kal-El encontra as respostas pelas quais ansiou por toda sua vida é bom, e responde perguntas que o espectador também se faz nos primeiros minutos de projeção. O modo como ele conhece a repórter Louis Lane também é interessante, se diferenciando da história narrada nos filmes clássicos, tornando-a mais verossímil.

A partir daí, a ameaça, representada pelo fanático General Zod, toma conta do filme até o fim. Então a crise de identidade do protagonista é deixada em segundo plano, e somos tomados de assalto por uma sequencia de sequências de ação desenfreada por um longo período. O que mantêm a qualidade do filme é a maestria como tais cenas de ação são conduzidas, com uma técnica competente, as sequencias empolgam, são bem executadas e exibidas em um visual claro e belo. Mérito do diretor.

O desfecho é bom e deixa uma esperança de um filme da Liga da Justiça com a direção de Snyder.


 O Homem de Aço não é um filme excepcional como outras obras do diretor, mas é um bom filme, e mostra que Zack Snyder sabe fazer um filme grandioso, sabe destruir uma cidade de uma forma visualmente agradável, e sabe que cuecas são usadas por baixo das calças e não o contrário.


Que venha Man of Steel II.

Veja o Trailer e vá ao cinema AGORA!


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